HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
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língua portuguesa, também designada português, é uma  língua indo-europeia românica flexiva ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul na sequência da Reconquista, deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o BrasilÁfrica e outras partes do mundo. O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.

Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou subdividida em cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas latinas; o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão; e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e gaélico.

Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. É língua oficial em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, MoçambiqueAngolaCabo VerdeGuiné EquatorialGuiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África. Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de crioulos portugueses, são encontrados também em Macau (China), Timor-Leste, em Damão e Diu e no estado de Goa (Índia), Malaca (Malásia), em enclaves na ilha das Flores (Indonésia), Baticaloa no (Sri Lanka) e nas ilhas ABC no Caribe.

Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta. O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac).] Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".
O Dia Internacional da Língua Portuguesa é comemorado em 5 de maio. A data foi instituída em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do português.

Idioma oficial

O português é a língua da maioria da população de PortugalBrasilSão Tomé e Príncipe (98,4%) e, de acordo com o censo de 2014, é a língua habitual de 71,15% da população de Angola, entretanto, cerca de 85% dos angolanos são capazes de falar português, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Apesar de apenas 10,7% da população de Moçambique ser de falantes nativos do português, o idioma é falado por cerca de 50,4% dos moçambicanos, de acordo com o censo de 2007. A língua também é falada por cerca de 15% da população da Guiné-Bissau, e por cerca de 25% da população de Timor-Leste. Não existem dados disponíveis relativos a Cabo Verde, mas quase toda a população é bilíngue, sendo os cabo-verdianos monolíngues falantes do crioulo cabo-verdiano. Em Macau, apenas 0,7% da população usa o português como língua nativa e cerca de 4% dos macaenses falam esse idioma.
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (sigla CPLP) consiste em nove países independentes que têm o português como língua oficialAngolaBrasilCabo VerdeTimor-LesteGuiné-BissauGuiné EquatorialMoçambiquePortugal e São Tomé e Príncipe. A Guiné Equatorial fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial. Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do espanhol e do francês) e, em julho de 2014, o país foi aceito como membro da CPLP.
A língua portuguesa, segundo dados de 2021, está no cotidiano de quase 293 milhões de pessoas, distribuídos por nove países e uma região administrativa especial. Os países com maior população falante da língua portuguesa são o Brasil (212,56 milhões); Angola (32,87 milhões); Moçambique (31,26 milhões) e Portugal (10,2 milhões).

Língua estrangeira

O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no Uruguai e na Argentina. Outros países onde o português é ensinado em escolas, ou onde seu ensino está sendo introduzido agora, incluem Venezuela,] ZâmbiaRepública do CongoSenegalNamíbiaEssuatíni,] Costa do Marfim e África do Sul.

Em algumas partes do que era a Índia Portuguesa, como Goa e Damão e Diu, o português ainda é falado, embora esteja em vias de desaparecimento. No total, os países de língua portuguesa terão por volta de 400 milhões de pessoas no mesmo ano.

Desde 1991, quando o Brasil assinou no mercado econômico do Mercosul com outros países sul-americanos, como ArgentinaUruguai e Paraguai, tem havido um aumento no interesse pelo estudo do português nas nações da América do Sul. O peso demográfico do Brasil no continente continuará a reforçar a presença do idioma na região.

A maior parte do léxico do português é derivado do latim, já que o português é uma língua românica.

Atualmente, a língua portuguesa ostenta no seu vocabulário termos provenientes de diferentes idiomas como o provençal, o holandês, o hebraico, o persa, o quíchua, o chinês, o turco, o japonês, o alemão e o russo, além de idiomas bem mais próximos, como o inglês, o francês, o espanhol e o italiano. Também houve influência de algumas línguas africanas.

Nota: no Brasil mantêm-se quando pronunciadas, como em facçãocompactarintelectualaptidãocaracterística etc. Também ocorriam diferenças de acentuação devido a pronúncias diferentes. No Brasil, em palavras como acadêmicoanônimo e bidê usa-se o acento circunflexo por tratar-se de vogais fechadas, enquanto nos restantes países lusófonos estas vogais são abertas: académicoanónimo e bidé respectivamente. Nesses casos, o Acordo Ortográfico de 1990, assinado por todos os países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), instituiu duplas grafias para o mundo lusófono (Base XI, 3º).

Reformas ortográficas

Durante muitos anos, Portugal (até 1975, incluía as suas colónias) e o Brasil tomaram decisões unilateralmente e não chegaram a um acordo comum, legislando sobre a língua.[118]
Existiram pelo menos cinco acordos ortográficos: Acordo Ortográfico de 1911Acordo Ortográfico de 1943Acordo Ortográfico de 1945Acordo Ortográfico de 1971 e o Acordo Ortográfico de 1990. Todos eles estiveram envolvidos em polémicas e divergências entre os países signatários.
Os mais significativos foram o Acordo Ortográfico de 1943 que esteve em vigor apenas no Brasil entre 12 de agosto de 1943 e 31 de dezembro de 2008 (com algumas alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1971) e o Acordo Ortográfico de 1945, em vigor em Portugal e todas as colónias portuguesas da época, desde 8 de dezembro de 1945 até à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, que ainda não entrou em vigor em todos os países signatários.
Acordo Ortográfico de 1990 foi proposto para criar uma norma ortográfica única, de que participaram na altura todos os países de língua oficial portuguesa, e em que esteve presente uma delegação não oficial de observadores da Galiza. Os signatários que ratificaram o acordo original foram Portugal (1991), Brasil (1995), Cabo Verde (1998) e São Tomé e Príncipe (2006).
Depois de muita discussão, no dia 29 de julho de 2008, o parlamento português ratificou o Segundo Protocolo Modificativo, aprovado a 25 de julho do mesmo ano,[120] estabelecendo um prazo de até seis anos para que a reforma ortográfica fosse totalmente implantada. A nova e a antiga ortografia coexistiram em Portugal[121] entre 13 de maio de 2009 e 13 de maio de 2015, data em que o Acordo Ortográfico de 1990 passou a vigorar obrigatoriamente em Portugal.

Fonologia

A língua portuguesa contém alguns sons únicos para falantes de outras línguas, tornando-se, por isso, necessário que estes lhes prestem especial atenção quando os aprendem. O português tem uma das fonologias mais ricas das línguas românicas, com vogais orais e nasais, ditongos nasais e dois ditongos nasais duplos. As vogais semifechadas /e/, /o/ e as vogais semiabertas /ɛ/, /ɔ/ são quatro fonemas separados, ao invés do espanhol, e o contraste entre elas é usado para apofonia.

Gramática

gramática, a morfologia e a sintaxe do idioma português é semelhante à gramática das demais línguas românicas, especialmente à do espanhol, língua com a qual compartilha 89% de semelhança lexical,[124] e ainda mais à do galego. O português é um idioma relativamente sintético e flexivo.[125][126]

Fonologia

A língua portuguesa contém alguns sons únicos para falantes de outras línguas, tornando-se, por isso, necessário que estes lhes prestem especial atenção quando os aprendem. O português tem uma das fonologias mais ricas das línguas românicas, com vogais orais e nasais, ditongos nasais e dois ditongos nasais duplos. As vogais semifechadas /e/, /o/ e as vogais semiabertas /ɛ/, /ɔ/ são quatro fonemas separados, ao invés do espanhol, e o contraste entre elas é usado para apofonia. O português europeu também possui duas vogais centrais, uma das quais tende a ser omitida na fala como o e caduc do francês. Há, no português, um máximo de nove vogais orais e 19 consoantes, embora algumas variedades da língua tenham menos fonemas (o português brasileiro é geralmente analisado como tendo sete vogais orais). Há também cinco vogais nasais, que alguns linguistas consideram como alofones das vogais orais, dez ditongos orais e cinco ditongos nasais. No total, o português do Brasil tem 13 fonemas vogais.

As fases de evolução da Língua Portuguesa

Destacam-se alguns períodos:

1) Fase Proto-histórica

Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade usada apenas em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).

2) Fase do Português Arcaico

Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:
a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português;
b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.

3) Fase do Português Moderno

Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões, desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática de Língua Portuguesa, a "Grammatica de Lingoagem Portuguesa".

Atualmente, o português é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da incorporação de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncia próprias de cada país, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal.
O português também é falado em pequenas comunidades como:
Zanzibar (na Tanzânia, costa oriental da África)
Macau (ex-possessão portuguesa encravada na China)
GoaDiuDamão (na Índia)
Málaca (na Malásia)

A Língua Portuguesa se faz presente em todos os continentes, observe:

América: O Brasil é o único país de língua portuguesa na América. Durante o período colonial, o português falado no Brasil foi influenciado pelas línguas indígenas, africanas e de imigrantes europeus. Isso explica as diferenças regionais na pronúncia e no vocabulário verificadas, por exemplo, no nordeste e no sul do país. Apesar disso, a língua conserva a uniformidade gramatical em todo o território.

Europa: O português é a língua oficial de Portugal. Em 1986, o país passa a integrar a Comunidade Econômica Européia (CEE) e a língua portuguesa é adotada como um dos idiomas oficiais da organização. Existem falantes concentrados na França, Alemanha, Bélgica, em Luxemburgo e na Suécia, sendo a França o país com mais falantes.

Ásia: Entre os séculos XVI e XVIII, o português atuou como língua franca nos portos da Índia e sudeste da Ásia. Atualmente, a cidade de Goa, na Índia, é o único lugar do continente onde o português sobrevive na sua forma original. Entretanto, o idioma está sendo gradualmente substituído pelo inglês. Em Damão e Diu (Índia), Java (Indonésia), Macau (ex-território português), Sri Lanka e Málaca (Malásia) fala-se o crioulo, língua que conserva o vocabulário do português, mas adota formas gramaticais diferentes.

Oceania: O português é idioma oficial no Timor Leste. No entanto, a língua dominante no país é o tétum. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende o indonésio bahasa, apenas uma minoria compreende o português.

África: O português é a língua oficial de cinco países, sendo usado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. A língua convive com diversos dialetos crioulos.

Em Angola, 60% dos moradores falam o português como língua materna. Cerca de 40% da população fala dialetos crioulos como o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o chacue.

Em Cabo Verde, quase todos os habitantes falam o português e um dialeto crioulo, que mescla o português arcaico a línguas africanas. Há duas variedades desse dialeto, a de Barlavento e a de Sotavento.

Em Guiné-Bissau, 90% da população fala o dialeto crioulo ou dialetos africanos, enquanto apenas 10% utiliza o português.

Em Moçambique, somente 0,18% da população considera o português como língua oficial, embora seja falado por mais de 2 milhões de moçambicanos. A maioria dos habitantes usa línguas locais, principalmente as do grupo banto.

Nas ilhas de São Tomé e Príncipe, apenas 2,5% dos habitantes falam a língua portuguesa. A maioria utiliza dialetos locais, como o forro e o moncó.

Referência Bibliográfica: História da língua portuguesa – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Machado de Assis

Filho de uma família muito pobre, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Mulato e vítima de preconceito, perdeu sua mãe na infância e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.

Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público.

Publicou seu primeiro poema intitulado Ela, na revista Marmota Fluminense. Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro presidente. Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908.

Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Leitura obrigatória nas disciplinas de literatura em todo o território nacional, Machado de Assis retratou com muita propriedade a sociedade de sua época,

Segundo os seus biógrafos, Machado nunca teve educação formal. Para ajudar a família, chegou a trabalhar como engraxate e vendedor de balas e doces.

A caligrafia do escritor era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.

O primeiro conto publicado em uma revista saiu em 1858, quando o escritor tinha 19 anos. O conto se chamava Três Tesouros Perdidos e também foi publicado na revista literária Marmota Fluminense.

Carolina Machado, a esposa do escritor, era quatro anos mais velha que ele. O casamento só terminou depois de 35 anos, com a morte de Carolina. Dizem que era ela quem revisava os textos do escritor.

Machado de Assis utilizou 21 pseudônimos ao longo da carreira. Na revista A Semana Ilustrada, usava o pseudônimo de Dr. Semana.

A obra de Machado de Assis tendia, no início para o Romantismo (como no caso de Helena). Mais tarde, ele abraçou o Realismo (como em Dom Casmurro).

Os principais romances de Machado de Assis são: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Helena, Quincas Borba, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, Iaiá Garcia e A Mão e a Luva.

O jogo predileto de Machado de Assis era o xadrez. Ele participou do primeiro campeonato de xadrez disputado no Brasil. As peças usadas pelo escritor estão até hoje em exposição na ABL – Academia Brasileira de Letras.

No total, ele escreveu sete livros de contos, cinco de poesia, nove de teatro e nove romances.

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